SWING OU MÉNAGE?

Vemos pessoas nos perguntando sobre Swing com mais uma pessoa. Achamos oportuno falar agora sobre essas tendências que, embora próximas são bem distintas.
Muitos são os casais que apreciam conhecer e se relacionar com outro casal e também com uma mulher ou um homem só. Alguns só aceitam ou uma coisa ou outra.

O Ménage se divide em:

• Ménage Masculino: O casal aceita um homem (podendo ou não haver o bi masculino, o que é raro).
Essa variante é apropriada para casais onde a esposa tenha a vontade e o gosto de ser tocada por dois homens e também é uma oportunidade ímpar de viver experiências sexuais com outro homem sem recorrer à traição no casamento. A mulher tem tendência à sempre escolher (Sim… é ELA quem escolhe) homens com características diferentes das de seu esposo (beleza, idade, cor, dote, etc), justamente para aproveitar e viver situações que uma vida conjugal que se iniciou cedo e não lhe permitiu experimentar. E, nesse caso, ela estará fazendo com a cumplicidade e aprovação do esposo. O esposo deve ser um homem seguro e consciente de seu valor. Homens inseguros costumam arrepender-se depois e até durante.

• Ménage Feminino: O casal aceita uma mulher. Via de regra há o bi feminino. Embora nada impeça de as garotas não se tocarem e só se ocuparem do homem. A questão da segurança, nesse caso, aplica-se à mulher. Convém ao homem, deixar a esposa ajudar na escolha. Ela escolherá uma garota que não a fará sentir-se inferior. E, caso haja algum questionamento posterior, a escolha foi dos dois.
• Swing: O casal aceita outro casal. Via de regra há troca plena de parceiros. Alguns casais, por motivos particulares, adotam o swing sem troca na penetração ou ainda, sexo no mesmo ambiente, onde há poucos contatos trocados e a grande motivação é o casal poder apreciar o outro casal de perto, os praticantes dizem ser muito excitante. O fato de não haver a troca e, às vezes, nem toques trocados, é uma forma muito segura de o casal iniciar-se sem correr riscos de ciúmes ou cobranças posteriores.

Para os casais interessados em Ménage, aconselhamos observar certos cuidados na escolha dos parceiros.
Dê preferência às pessoas que tem algo a perder, como o casal.
Durante os primeiros contatos, é interessante que a pessoa demonstre cautela e curiosidade em relação ao casal. Pessoas aventureiras estarão sempre disponíveis e não se interessam se vocês são mesmo casados, ou se são idôneos.
Nós apreciamos quando a pessoa dá a entender que ela nos escolheu, da mesma forma como ela foi por nós escolhida. Assim, não nos sentimos a “bola da vez”.
Homens e mulheres podem surgir sozinhos para um casal mesmo que sejam casados. Que fique claro que essas pessoas não conseguiram trazer seus cônjuges para o ambiente swinger e, portanto, eles estão cometendo aquilo que vocês se esforçaram tanto para não cometer.
O fato de serem casados com pessoas não liberais trás, por outro lado, uma vantagem: eles não causarão problemas e não costumam se envolver emocionalmente se forem felizes no seu casamento.
Pessoas solteiras, quando passam a freqüentar a casa ou a vida do casal em demasia, costumam desestabilizar a situação, gerando alguns conflitos. Nada que a adoção de regras desde o início não resolva.

A grande diferença do Swing e do Ménage é o equilíbrio.
Se no Swing, ambas as partes (chamamos aqui o casal de parte) estão em igual número, fazendo com que as decisões de uma parte precisem ser negociadas com a outra, no Ménage uma parte é composta de duas pessoas e a outra de apenas uma o que a põe em discreta inferioridade, fazendo com que o convívio ou a relação seja mais linear.

Uma vez um casal nos disse uma frase que adotamos: No Swing, a unidade é o casal.
Cheia de sabedoria, a frase nos lembra que a decisão do casal só é autêntica quando ambos a tomaram. Se um deseja e o outro não, é melhor não ir em frente. Se o outro concordou, é como se tornasse igualmente responsável pela decisão porque teve a oportunidade de não a aceitar. Nunca tenham medo de dizer não. O que se faz no mundo swinger deve ser de livre e espontânea vontade.
A linha que divide o “eu realmente queria” e o “eu me senti obrigada (o)” é tênue. Um “não” separa as duas sensações. E podemos dizer que ambas são importantes no dia seguinte.
Discutam. Exaustivamente. E só tomem o caminho da realização das fantasias e desejos do casal se ambos estiverem de fato resolvidos e conversados.
Vale até ir conhecer pessoalmente as pessoas sem compromisso (que isso fique sempre bem claro durante as conversas com as pessoas e casais).
Nós mesmos já recebemos um sem número de casais que desejavam apenas isso. Conversar com pessoas liberais e poder perguntar, sentir nossa união, nossa felicidade.

Alguns voltaram decididos a experimentar, outros arrefeceram. A estes, dizemos que fizeram bem em desistir porque não deviam estar preparados e se pouparam de aborrecimentos.
Aos que voltaram e nos deram sua confiança, os temos no coração. Pois se tornaram pessoas especiais para nós. Nos deram mais que sua nudez e o os encantos de sua pele. Nos fizeram sentir também desejados.